Hoje eu tava conversando com uma amiga, e tivemos mais ou menos o seguinte dialogo:
- Drumond! Encontrei ontem um cara que não via a um tempão, um cara com quem já tinha ficado muito tempo atras, e era super apaixonada. Daí, depois de perguntar como eu ia e tal, ele falou, pô, velho, vamos sair e tomar uma cerveja uma hora dessas.
- E você, disse o que?
-Po, cara, nem dá... sabe o que é, eu casei, e ai nem rola, saca.
Ela fala isso com os olhinhos apertados e a maior cara de sofrimento, e aí eu pergunto:
- Sim, mas você falou com ele assim mesmo, com essa cara de desespero? Tipo, cara, eu me fudi, casei, a pior merda da minha vida, e agora me encontro presa, enclausurada. Não fosse por isso, te juro, te dava um beijo agora mesmo, iriamos pra um motel e eu tiraria toda a sua roupa e transariamos o resto do dia?
-Va se fuder, Drummond!
Mas é verdade. Por que a gente sempre faz cara de sofrimento quando pedem pra gente fazer algo que a gente nem ta a fim de fazer? Por que sempre que a gente ta doido pra chegar em casa cedo pra assistir aquele filme que so vai passar hoje a gente diz: Eu TENHO que ir pra casa? E sempre com o olhar de quem ta indo pra forca? Por que não falar a verdade: Tô indo! Por que? Porque tô a fim, oras. Porque ja passei tempo demais aqui e agora to a fim de ir!
Eu tenho um amigo. Juan. Ele é Suiço, mas de sangue latino. Ao menos em parte. Um dia ele tava com a gente bebendo e tal, e no auge da diversão, ele resolve ir embora. Todos gritam: Ah, não, você TEM que ir mesmo? Por que você PRECESA ir? Não PODE ficar mais um pouco? E ele responde com uma calma Suiça: Gente, eu não tenho que ir, eu quero ir. É diferente! Juan é desse tipo. Ele não entende porque a gente, do lado Sul do Equador, tem essa mania de falar o que não pensa, fingir que esta sendo forçado a fazer algo que quer fazer, essas coisas que a gente faz mesmo.
Bom, é isso, eu até tinha mais coisa pra escrever, mas eu tenho que ir agora. Desculpa. Sabe como é, eu preciso ir trabalhar e tal. Queria ficar e escrever um outro post, mas... não rola!
quarta-feira, 13 de maio de 2009
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Lembrei de um fato
ResponderExcluirestava eu duranga, hora do lanche........e eu nem havia almoçado.
compro um pacote de bolacha e me sento num banco de uma praça(isso em Londres).
Como havia sentado um rapaz ao meu lado eu educadamente (aquela coisa de q sempre se oferece,sem querer dar ) ofereci .
O rapaz aceitou e foi comendo, comendo.
Poxa!era meu almoço e lanche junto indo embora.
Mais tarde,encontro um amigo brasileiro,que vivia ha MUITOS anos por lá, comento o ocorrido ele ri e fala:
- Ai ai ai Denise,vc ainda tem essa bobeira de oferecer apenas e tão somente por educação e se te oferecerem (o que vc presume ser por educação) vc não aceita tb por educação?
Eu disse :
-Logico
Ele riu e disse :
-Bem feito,quando aprender a falar a verdade não dará o que não quer e não deixara de aceitar o que esta louca para experimentar
Viu viu danei-me
mas aprendi rs
Denise